Reflexões sobre o comportamento humano

“A precisão que as pessoas têm um do outro

subentende a contemplação no sentido de

ninguém ser auto-suficiente, de bastar a

si mesmo.”
Silvino José.

Hoje me deparei com a necessidade de escrever sobre o comportamento do ser humano, suas atitudes e formas de relacionarem-se uns com os outros, então, indaguei-me sobre as mais variadas formas de comportamentos inerentes a cada indivíduo, e, como resposta rasa sobre tais indagações me veio à reflexão sobre a interação social humana, pois esta é o nível de organização que a vida social se reveste da mais alta complexidade, e, na posição de educadores, nosso interesse se prende às associações humanas. Dessas interações sociais formam-se as estruturas, estabelecem-se mudanças sociais, expressam ainda as condições sociais, o comportamento grupal, a vida social, enfim, sabemos que isso não é tarefa fácil, e que para ultrapassar suas limitações individuais, as pessoas se agrupam para formar organizações, no sentido de alcançar objetivos. À medida que as organizações são bem sucedidas, elas sobrevivem ou crescem.
Os processos sociais são mecanismos através dos quais se dá os diversos tipos de relações entre indivíduos e grupos, na vida social escolar ou em qualquer outro meio de convivência. Apesar dos diversos tipos de conflitos que vem surgindo a cada dia no ambiente escolar, a escola vem oferecendo meios em que as relações que se estabelecem com as pessoas representam o meio principal para situar-se diante do mundo, já que a felicidade de cada pessoa depende do grau de interação e integração que consegue. A tendência para a intercomunicação com os outros é tão natural, que sua satisfação condiciona o equilíbrio de toda a personalidade.
A qualidade das relações interpessoais está relacionada à personalidade de cada indivíduo, daí a importância de antes de examinar como trabalhar as relações interpessoais no espaço escolar, cabe ao educador indagar se a personalidade do aluno deve algo à hereditariedade ou se é dependente do ambiente em que vive, assim sendo, o educador terá mais chances de desenvolver habilidades assertivas e de enfrentamento.
Hoje mais do que nunca o indivíduo é influenciado pelo seu meio de convivência e pelas mudanças aceleradas que ocorrem na sociedade diariamente, e, essa influencia vem distanciando cada vez mais as pessoas umas das outras. O convívio com o mundo virtual é um exemplo clássico da frieza e da falta de humanidade entre as pessoas, atualmente o espírito de afetividade e coletividade têm sido substituído pelas máquinas, que contribui muitas vezes para o isolamento, e o afastamento do meio social afetivo e participativo tão necessário a cada ser humano. Acredito que a educação agora mais do que nunca deve planejar ações desafiadoras que incentive professores e alunos a inteirar-se melhor com os multimeios oferecidos pela atualidade, fazendo uso correto e produtivo.

Elizonar Dias Costa.

Hoje

Hoje posso dizer que a saudade
Bateu mais forte em minha porta
Junto com ela veio às lembranças
E a solidão que adormeceu o meu corpo
E embaciou o meu desejo
De encontrar algo novo
De sonhar. . .

Hoje perdi a vontade de ser feliz
Ou de fazer alguém feliz,
Estou em mais um daqueles momentos
Que nem sequer me percebo. . .

Hoje olhei no espelho
E não tinha nada pra me contar
Fiquei há ouvir o tempo
Inerte em meus pensamentos
Tudo que conseguia ouvir
Eram as batidas palpitantes
De um coração vazio. . .

Vazio de amor, de esperança
De desejos
Vazio de paz, de alegria. . .
Tudo que consegui ouvir
Foram inúmeros sussurros de saudades. . .

Saudades de alguém
Saudades de tudo que tive
E não tive
Saudades de um mundo às vezes
Colorido, tão claro, noutro obscuro
Indecifrável. . .
Saudades dos planos tão
Minuciosamente planejados
Mais que. . .
Não sei por que,
Não deu certo. . .

Enfim, senti saudades de mim
Pois não sei onde me encontrar
Perdi as trilhas. . .
Não vi as encruzilhadas
E passei despercebida por você e por outros
Que tinham grande valor para mim

Valor incomparável. . .
Valor indescritível. . .
Imensurável valor

Que não valeu nada
Infelizmente perdi. . .
Perdi-me e perdi você
Mas talvez, quem sabe!
Quando encontrar você
Encontre-me novamente.

Elizonar Dias Costa.

Vale à pena persistir. . .

No início deste ano alguns funcionários da educação apesar de uma jornada árdua de trabalho, se propuseram a aprender mais um pouco sobre o uso das novas tecnologias, objetivando melhorar sua prática como professor e formador de conhecimentos. No início do curso a turma não apresentava muito entusiasmo em relação ao que o instrutor estava se propondo a ensinar, mas no decorrer do processo, ao ir se familiarizando com as múltiplas ferramentas que as tecnologias nos oferecem, fomos nos encantando com esse vasto mundo de formação e informação. A cada nova tarefa proposta pelo curso nós nos envolvíamos trilhando os diversos caminhos que as diferentes mídias oferecem através das tecnologias digitais. De certa forma, nós já sabíamos que as tecnologias exerciam o papel de informação e comunicação nos setores da cultura contemporânea, no entanto o seu uso pela educação ainda acontece de forma esporádica. Nesse sentido, sugere-se que para se trabalhar com essas novas ferramentas o professor além de conhecer o seu público, também deve ter domínio das diferentes mídias e assim, focar seu trabalho em aspectos preponderantes que visem à integração entre tecnologias e currículo atendendo as necessidades de seus alunos e de uma sociedade globalizada. Hoje o professor precisa dessa ferramenta para agilizar o seu trabalho, ampliar seus conhecimentos e de seus alunos através de aulas dinâmicas e mais participativas, agregando os multimeios aos conteúdos curriculares de forma lúdica e criativa através de uma linguagem conceitual falada e escrita mais racional, permitindo assim que as inovações das tecnologias o auxiliem no trato de uma aprendizagem que envolva a lógica sensorial-emocional, pois como afirma PACHANE, 2008 “Enquanto a imagem e a música nos sensibilizam, a palavra escrita (textos, legendas) orienta a decodificação, racionalizam o processo. Normalmente, a imagem mostra, a palavra explica, a música sensibiliza, o ritmo entretém.”
Nas atividades e oficinas que desenvolvemos no decorrer do curso pudemos vivenciar momentos valiosos de trocas de experiências entre professores x professores, professores x alunos e alunos x alunos, o que comprova um ganho fenomenal no intercâmbio do que seja ensinar e aprender. Com o auxílio do computador e da internet fomos incorporando mais e mais recursos midiáticos, e através deles exploramos figuras, imagens, sons, músicas e textos, tornando nossas oficinas mais lúdicas, criativas e interativas.
Fazer o curso das TICs para mim particularmente foi um grande desafio, pois tinha que estar antenada e envolvida com as atividades do curso sem perder de vista o trabalho diário na DRE e nos Núcleos, sem falar nos inúmeros contratempos que surgiram, no entanto afirmo que valeu a pena descobrir que na história humana temos um ambiente que permite a comunicação multidirecional à distância de novos saberes de forma global, onde cada um ensina e aprende ao mesmo tempo.
Quero deixar o meu abraço aos colegas de curso pela integração e cumplicidade na resolução de nossos trabalhos, principalmente à minha parceira Anúbia que estava sempre aposto em todos os momentos, "Anúbia você é uma pessoa mais do que especial, é excepcional, trabalhar com você foi um grande aprendizado", e os mais sinceros agradecimentos ao meu Coordenador de Curso, Claudemir, que não mediu esforço na tentativa de convencer-me a permanecer no curso, acreditando que eu poderia ir mais além do que eu estava me propondo, e não me deixou fraquejar. Obrigada Claudemir!! Se não fosse a sua persistência, flexibilidade e dinamicidade eu não teria chegado até aqui. “Você não é 10, é 1000”, quero te dizer que os labirintos por nós percorridos tiveram grandes significados para a minha aprendizagem.
Araguaína, 06 de dezembro de 2010
Elizonar Dias Costa.

Resquícios

Dos anos dourados que tive
Sobraram somente lembranças. . .
Imagens de um corpo, de um sorriso
De um olhar às vezes sátiro
E outro martirizador
Que me fazia navegar em turbilhões
De desejos, de indecisões e de sonhos
Que dificilmente poderiam se tornar realidade. . .
Sobraram somente resquícios
De coisas que desejo esquecer
E de outras que luto
Para não se embaciar
Porque é baseado nesses sonhos
Que tenho motivos
Para continuar a sonhar
A viver. . .

Elizonar Dias Costa
Araguaína/2010.